"Um dia o peito desenferruja e a gente abre mão do que há de vir" (Gabito Nunes)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A falta-pós-perda


Chove forte, acabou a luz. Eu não encontro velas em lugar algum. Está escuro, claro que está. Já é noite. O que eu posso fazer? Nada. Além de esperar deitada no sofá.

Engraçado como as coisas fazem muita falta quando não as temos. Quem dá importância para a tevê, o notebook, o micro-ondas e a cafeteira quando estão funcionando perfeitamente? Ninguém. É só faltar luz que dá uma louca vontade de café, Jornal Nacional e pastel quentinho, sem falar da sagrada iluminação. Sim. Sentimos falta quando perdemos. E somos tão tolos que, mesmo sabendo disso, percebemos sempre tarde. Não damos valor enquanto há tempo.Não nos contentamos com o temos. Nunca. Achamos sempre que algo melhor nos espera. 

Desistimos fácil daquilo e daqueles que já estão conosco. E quando eles se vão, vem saudade, arrependimento, culpa. E, infelizmente, pessoas e oportunidades não são como a luz, que volta com o fim do temporal.

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