Vai caminhando sob a faixa amarela, no meio da rua vazia. Olha o céu e não consegue ver as estrelas. Respira fundo o ar gelado da noite de inverno, esperando que talvez ele possa congelar reminiscências indesejáveis. Seu pensamento indomável foge do seu alcance. É algo maior, vai muito além de um metro e setenta.
É como se houvesse um lugar no seu coração que entorpeceu, e que foi reservado para doer de vez em quando. E não é qualquer anador que resolverá o problema. Uma dose de tempo, talvez. Na verdade, mais uma.
Já não acredita em cura. Acredita que acostuma. De certa forma, aprendeu a lidar com os descompassos do coração, que mais uma vez, perdeu o ritmo no meio da dança, pois há tempos essa música não lhe agrada.
Muito obrigada, pelo carinho lá no meu blog.
ResponderExcluirSeu texto também ficou muito lndo.