"Um dia o peito desenferruja e a gente abre mão do que há de vir" (Gabito Nunes)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Não faço questão...


Não faço questão de participar da sua rotina daqui pra frente. Não vou me importar em não mais opinar em seu corte de cabelo. Abro mão dos cartões de natal e de cartas informais me pedindo como anda a vida. Vou entender se minha presença se tornar importuna, e se for melhor voltar mais tarde, ou nem voltar. Não precisa se incomodar em ligar no meu aniversário, sério.
 Não faço questão de que se lembre do meu sorriso, enquanto outro alguém lhe sorri. Você não precisa fingir sentir muito, por eu permanecer sozinha e não encontrar ninguém com o mesmo gênio difícil... Na verdade difícil mesmo é encontrar alguém como você...
Eu entendo... E entenderei quando nossas lembranças não importarem mais tanto, quando sorvete de morango não significar nada mais do que um doce gelado, quando você resolver fazer uma faxina no seu armário, e decidir se desfazer das inutilidades que um dia nos fizeram rir, e jurar pra sempre guardar. Mas essa foi só mais uma promessa que se desmanchou com peso do tempo. Não se sinta culpado. É natural.
Eu abro mão de que me ligue de vez em quando, e tudo bem se seu coração não aquecer mais quando vir meu nome na lista telefônica. Não faço questão de lhe causar saudade alguma. No entanto, quando lhe pedirem sobre o amor, lembre somente do que eu carregava no peito, aquilo pra mim, era amor.

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