Nem questiona minha mania de cantar oito vezes seguidas a música em inglês, acompanhando a letra até sabê-la de cor. Nove vezes já reclama, também não é pra menos, haja paciência pra me aguentar cantarolando desafinado. Controle na mão pra assistir meus passos, olha pra TV a cada cinco minutos, pra disfarçar que me olha, mas não consegue. Me viro de surpresa com a caneca verde na mão, e zombo da sua cara e das duas bochechas coradas. Você não é bom em disfarce. Me amolece com o sorriso envergonhado. Enterro o olhar em seus olhos e me perco em sua íris luminosa, é uma ida sem volta, e eu vou sem medo. Já conheço o caminho, e faço toda a questão de voltar sempre que posso, sempre que não me sinto pertencente a nenhum lugar. Por que meu lugar é em um certo abraço, de braços certos, não tenho dúvida.
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