As seis horas da tarde chegaram novamente, a sétima vez na semana. Algo muito provável, lógico, mas diferente nessas últimas vezes. Elas vieram completamente sozinhas, silenciosas e vazias. Sem nem um sorriso, uma flor, um riso. E esperei, ansiosamente a qualquer sinal, ao que a respiração cansada ofegava. E esperava. Acelerava o coração a cada mover do ponteiro do relógio. Em um total estado de espera. Uma angústia machucando, igual pedra no sapato. E que droga, como aperta!
E não aparece. Nem sinal, nem ligação, nem pombo correio. E vai acumulando no peito todas essas esperas, chegando ao ponto em que vira rotina. Esperar. Manhã, tarde, noite. Amanhã, depois e depois de amanhã. Já perdeu a graça, e é quando penso em desistir que você pensa em ligar. Pra recomeçar... Mas só se for recomeçar a infindável espera.
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