"Um dia o peito desenferruja e a gente abre mão do que há de vir" (Gabito Nunes)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Trava Língua

Quando você chegou aqui eu não sabia nem onde largar as mãos, perdi o controle da respiração e não achei em lugar algum. Um sorriso de alegria incontrolável se abriu como o sol depois de uma chuva de verão. Com sua mão na minha me senti em casa. Até me dava impressão de estar ouvindo uma música de melodia lenta. Eu sei que nunca tentei te dizer o quanto eu sinto pra você. Às vezes meus olhos não querem ver, é porque eu tenho medo. Mas a verdade é que você é o melhor ar que respiro. É o calor que percorre minhas veias. É o impulso elétrico que faz bater meu coração, de lata.
Desculpe-me pelas palavras não ditas, mas se não falo não é porque não sinto, é algum tipo de proteção idiota... Quanto menor o vôo menor a queda... Não é isso? Não, isso já me atrapalhou demais. E quer saber? E daí se eu quebrar a cara? São somente palavras poupadas, sentimentos não. Então não faz diferença alguma. Mas não é bem assim, não mudo tão fácil, mas quem sabe qualquer hora dessas, perco meu trava língua e voo bem alto.

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