Perdemos muito tempo tentando encontrar motivos para coisas sem razão. O que passou não importa, nem nunca importou de verdade. Você levantava e saía no meio do filme, e pra falar a verdade eu não tinha vontade, nem a mínima curiosidade de saber pra onde estava indo. Não faria diferença, você do lado ou não. Se ia embora, era porque aquela situação também não te agradava. Talvez fosse procurar por um café mais quente, um beijo mais doce, uma companhia mais alegre. Ou não fosse procurar por nada. Só preferia a solidão verdadeira, quando se realmente está sozinho. E se ela te faz bem, case-se com ela. Melhor que passar dias cinza ao lado de alguém cinza. Não foi isso que me disse? Então faça bom proveito. Talvez essa sua querida esposa também te beije na nuca, talvez ela peça pra vir pizza de strogonoff com pouco sal, te faça companhia enquanto estuda, te olhe nos olhos e te provoque, te faça rir com piada tosca. Vou torcer pra que ela carregue na bolsa uma caixa de lápis de cor, pra quem saber colorir o preto e branco dos teus dias. |
"Um dia o peito desenferruja e a gente abre mão do que há de vir" (Gabito Nunes)
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Lápis de Cor
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