É quando os ombros não aguentam mais que o coração acha que manda. É quando estamos cansados que nos distraímos. É quando nos sentimos feridos que procuramos abrigo. Qualquer abrigo, qualquer abraço, qualquer mão que nos carregue, qualquer olhar que julgamos sincero. É porque nos sentimos perdidos, sem saber o caminho de casa, sem nem ter a certeza se temos casa. É não saber se teremos companhia em dias de inverno, se teremos alguém pra discutir gosto musical, se teremos alguém pra dividir uma torta de maçã. E caímos fácil, nos decepcionamos de novo, porque corremos pra qualquer teto que nos proteja, sem saber se ele é firme. Perdemos o encanto, o coração congela.
E esperamos, acreditamos no próximo dia de sol. Sem muito entusiasmo, mas esperando que o calor que vem depois das dez, seja suficiente para aquecer e renovar o cansado coração, que não sabe nem local, nem data do próximo tombo, então já torce para que o verão seja longo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário