Virando esquinas de qualquer lugar, o que mais vejo são perdidos como eu. Andando de um lado pro outro, caçando emoções ou simples paixões. Levantam cedo, arrumam suas camas, bebem um café com gosto de nada. Caminham por aí. Olham pros lados demais, mas não enxergam. São míopes e sem óculos. Nem sentem, nem respiram, nem tocam. São sozinhos entre bilhões. De coração novo e criando teia. Sentem falta de alguém com o coração pronto a ser doado, alguém pra ficar do seu lado. Alguém pra dividir um cobertor, uma escova de dente. Alguém que aprecie os mesmos gostos, admire os mesmos rostos. Alguém que queira viajar, ou alguém que não queira. Alguém que os faça se sentirem úteis, e os inspirem um sorriso verdadeiro. Alguém pra andar de mão dada, alguém para receber ou dar flores, alguém de puros amores.
Entre bilhões, são míopes e sem óculos.
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