"Um dia o peito desenferruja e a gente abre mão do que há de vir" (Gabito Nunes)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O dia que nos conhecemos


Ainda acho graça do dia que nos conhecemos. Bom, agora você já pode saber... ‘Caramba, seu café é muito forte!’ Naquela noite bebia goles curtos não era por nada. Mas fora o gosto amarguíssimo amargo do café, tava tudo um doce. Havia achado muito interessante o jeito com que você organiza as revistas ao lado do som toca fita. E havia achado incrível alguém ter o gosto musical parecido com o meu. Mesmo. Seu apartamento, com aquele papel de parede floral desbotado me dava a sensação de voltar pelo menos umas duas décadas no tempo. Mas agora até que acho bem original.
E pode me confessar. Estava duro de aguentar o frio de oito graus às duas horas da manhã né? Emprestou-me o moletom cinza enquanto caminhávamos pra minha casa e ficou segurando o queixo com a força que tinha. Claro que percebi. E até fiquei com medo que ficasse doente.
Naquela noite, quando fechava os olhos lembrava cada momento. Cada sorriso, cada bobagem que havia dito e que me deixava encantada. Nem consegui dormir, é que quando bebo café forte tenho insônia... Brincadeira amor.

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