Agora eu decidi. Vou te chamar pra um café e te trazer de volta a mim. Te fazer lembrar do nosso amor adormecido. Colocar pra tocar uma de alguma banda gaúcha, só pra não perder o costume. Te trancar no meu quarto e perder a chave. Recontar e reler nossas cartas e bilhetinhos de geladeira, com um “eu te amo’’ ou com um ‘‘lembrar de comprar leite’’. Dizer no teu ouvido que sentia sua falta, que o sofá tinha ficado grande demais e a que porta não fechara depois que havia saído por ela. Matar a sede da tua pele e do teu ombro cheiroso. Ouvir tua voz rouca me pedindo pra usar chinelos, tudo bem, eu sei que o piso está frio. E te abraçar o corpo inteiro, e parar o relógio, e fazer o tempo não passar mais, nunca mais.
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